1.Introdução
No período do
planejamento (março/14) e posteriormente em alguns A.T.P.Cs foi revisto o Plano
de Gestão (2011-2014), discutidos os seus objetivos e metas, concomitantemente
discutindo as novas demandas colocadas para a escola, quer de caráter
institucional e bem como as criadas pela comunidade atendida, em decorrência
chegou-se ao presente Anexo ao Plano de Gestão, estruturado no formato descrito
a seguir.
Em Caracterização
procurou-se contextualizar a inserção da escola na comunidade, inclusive
explicitando o grau de abrangência da comunidade local. Fez-se um resgate
histórico da formação e também da atual composição da população atendida pela
escola.
Por Identificação da
Escola são nominados o trio gestor e o G.O.E, horário de funcionamento, nível
de alunado atendido. São elencados os atos legais que criou e modificaram as
denominações da escola.
As Planilhas[1]
representam uma visão macroscópica da realidade local e que por sua vez
nortearam a elaboração do Plano de Ação e Metas, no qual estão presentes
projetos de origem endógena e outros exógenas. Vários desses projetos já estavam
presentes nos Anexos ao Plano de Gestão anterior. Desses projetos surgem as
orientações para organização dos conteúdos programáticos.
Os Referenciais Teóricos
são necessários para justificar e orientar a execução dos programas e projetos
contidos no Plano de Ação e Metas. Ao mesmo tempo, juntamente com os
referenciais teóricos emanados a partir dos documentos oficiais comporão as
referências bibliográficas a serem utilizadas nos A.T.P.Cs.
Já os Planos de Ação e
Meta correspondem a materialização das necessidades e encaminhamentos
identificados nas Planilhas e sustentados pelos Referenciais Teóricos. Para financiar a execução desses programas/projetos
levaram-se me conta os recursos materiais já existentes na escola, a parceria
firmada com as empresas OXITENOS, BRASKEN, Policia Militar (PROERD) , também os
recursos obtidos a partir da APM e financiamento de alguns projetos por meio do
PRODESC.
Derivado também dos Planos
de Ação e Meta surge o Plano de Trabalho do Trio Gestor e do Secretário de
Escola, que se resume em implementar, acompanhar e avaliar que ora é proposto.
2.Caracterização
A EE Prof. Manoel Cação é
uma escola localizada no Jardim Sonia Maria – cidade de Mauá, pertencente a
Diretoria de Ensino de Mauá. Foi criada em 1962 para atender alunos do então
ensino primário, sendo seu primeiro nome Grupo Escolar do Jardim Sonia Maria.
Por ocasião da promulgação da LDB 5692/71 passou a atender o ensino de 1º grau,
com a denominação de EEPG Prof. Manoel Cação.
Foi uma Escola Padrão[2] no
período de 1993 a 1995 e em 1996 foi reorganizada atendendo exclusivamente
alunos de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Atualmente atende alunos de 1º
ao 5º ano em dois períodos. Contamos com vinte e um professores PEB I
(polivalentes), três PEB II Educação Física e dois PEB II Artes, sendo todos
efetivados por concursos públicos. A
média de tempo desses professores na escola é de cerca cinco anos. Nos setores
administrativo e de serviço temos: seis Agentes de Organização. Na biblioteca temos duas professoras
readaptadas e duas na sala de informática.
A escola está situada na
região do entorno do pólo petroquímico de Capuava – Mauá, porém situa-se numa
tríplice fronteira, formada pelas cidades de Mauá, Santo André e São
Paulo-Capital. No que tange aos aspectos
sócio econômicos, atendemos uma população heterogênea, visto que os moradores
do entorno da escola (Mauá) apresentam uma renda familiar melhor do que os outros moradores. Os nossos alunos oriundos das outras duas
cidades pertencem a uma faixa de população menos favorecida, pois são moradores
de um grande conjunto habitacional, cuja origem foi fruto de uma grande invasão
de terreno e também de uma antiga favela e que aos poucos vai sendo
urbanizada.
O Jardim Sonia Maria
inicialmente era uma região com vocação agrícola, fazia parte do cinturão
verde da região metropolitana, sendo a sua população formada, na época, por chacareiros, principalmente de origem
japonesa, no seu auge a região chegou a contar com duas associações desportivas
e culturais voltadas para a colônia japonesa e uma escola em língua japonesa.
Na década de 60 com a
instalação do pólo petroquímico de Capuava/Mauá, a região muda de aspecto, as
hortas cedem lugar aos loteamentos desaparecendo a característica de cinturão
verde. Os novos moradores, atraídos
pela possibilidade de trabalhar na construção do pólo e, também, posteriormente
como funcionário da empresa, se instalam nessa região. Pelo fato da região ser distante dos centros
das cidades de Mauá, Santo André e São Paulo, instala-se uma rede de comércio
local e de outros serviços de tal forma que o Jardim Sonia passa a ter uma vida
própria e estável. Esse cenário
viabilizou a construção da EE Prof Manoel Cação, visto que a escola anterior
fora desativada com a saída dos japoneses.
Na década de 80, por
conta dos avanços tecnológicos e as alterações no modo de produção das
indústrias, aumentaram as atividades terceirizadas, o sub emprego e o
desemprego (DOWBOR, 2002)[3].
Para a escola significa a acolhida de alunos de outras localidades, com
características diferentes dos moradores do Jardim Sonia Maria, pois
diferentemente dos primeiros, esses moradores de Santo André e São Paulo não tinham
a mesma ocupação profissional e nem a mesma condição econômica.
Isso posto, temos uma
escola que felizmente consegue manter uma boa interação com a sua comunidade,
ainda que a cada ano que passa percebemos uma mudança no perfil do alunos, pois
a população do entorno, por ser muito estável está envelhecendo, diminuindo
bastante o número de crianças em idadeescolar. Com isso aumenta o atendimento de crianças
originárias de outras cidades, essas sim, com característica de uma população flutuante[4] e
com um grande número de crianças em idade escolar e pré-escolar. Aliás, era uma
condição que não se percebia anteriormente, pois atendíamos todos os filhos das
famílias, do mais velho ao mais novo, inclusive aos filhos desses ex-alunos.
É possível identificar “entre
as populações” que freqüentam a escola, ainda que de forma velada e sutil
um clima de segregação, uma sensação de intromissão por parte da população
menos favorecida. Nesse sentido se faz
necessário uma otimização do trabalho para integrar essas populações,
fazer com que a sensação de pertencer cresça entre a população flutuante.
Essas sensações são mais
perceptíveis quando os pais são chamados a participar da vida escolar dos seus
filhos, quer nas reuniões de pais, nas composições da APM e Conselho de Escola
e mesmo nos eventos realizados na escola, tais como: Festa Junina, Feira
Cultural, que são estrategicamente agendadas aos sábados e mesmo assim não
percebemos uma grande participação desses moradores. Dessa maneira,
participação da comunidade resume-se aos moradores do entorno da escola.
3.Identificação
da Escola
Escola
Estadual “Prof. Manoel Cação”
Ensino
Fundamental – Ciclo l
R. Jorge
Monteleone, 362 Jd.Sonia Maria
Mauá - CEP
09380-270
Fone
4549-2097 email manoelcação@yahoo.com.br
Diretor
de Escola: Jorge Chinen
Vice-Diretor:
Maria Izabel Franco de Moraes Ferraz
Professor
Coordenador: Luciana Bezerra Vital da Rocha
G.O.E :
Maria da Graça Gonçalves Dias
Horário
de Funcionamento:
Manhã: 7h
– 12h
Tarde:
13h – 18h
Atende
alunos do Ciclo I
Decreto
de criação: Decreto 41.416/62 de 30/11/62 instalação em 12/03/63
Denominações:
GESC “do
Jardim Sonia Maria” (1962-1966)
EEPG “do
Jardim Sonia Maria” (1967-1977)
EEPG
“Prof. Manoel Cação” (1977-1995)
EE “Prof.
Manoel Cação” (1995 – até a presente data)
4.Das Planilhas
Gestão de Resultados
Indicadores
|
Pistas
|
Ações
|
Metas
|
1.Análise
do IDESP e do fluxo de alunos, além das avaliações internas
|
1.Trabalho
desenvolvido pela escola.
2.Análise
do IDESP (que não foi atingido em 2012).
3.Análise
do fluxo de alunos.
|
1.Analisar
e discutir os resultados de desempenho dos alunos, considerando as avaliações
interna e externa.
2.Utilizar
os A.T.P.Cs. e os períodos de planejamento/ replanejamento e o dia da
discussão do SARESP para as possíveis reorientações do Projeto Pedagógico.
3.Levantar
periodicamente a freqüência dos alunos e os casos contemplados pela
legislação encaminhados aos órgãos competentes.
|
1.Atingir
o IDESP estabelecido para a escola e, na medida da possível, superá-la.
|
Gestão
de Participação
Indicadores
|
Pistas
|
Ações
|
Metas
|
1.Envolvimento
da comunidade escolar e dos colegiados
|
1.Participação
da comunidade.
2.Participação
dos colegiados.
3.Revisão
do Regimento Escolar.
4.Circulação
das informações/orientações oriundas de reuniões e O.Ts.
|
1.
Divulgar e facilitar o acesso da comunidade ao blog Manoel Cação que é um espaço virtual no qual serão
disponibilizadas as informações sobre a escola.
2.Organizar
os eventos culturais em dias e horários que facilitem a participação da
comunidade.
3. Manter
espaços dentro dos HTPCs com a finalidade de socializar informações
|
1.Otimizar
a circulação de informações e deliberações, nos espaços intra e extra
escolar.
2.Manter
uma boa interação escola-comunidade.
|
Gestão
Pedagógica
Indicadores
|
Pistas
|
Ações
|
Metas
|
1.Cumprimento
dos objetivos e metas elencados no Plano de Gestão
|
1. Formas
de registros.
2.Critérios
de avaliações.
3.Ações
realizadas conforme os projetos pedagógicos
|
1.
Desenvolver os projetos estabelecidos.
2.Utilizar-se
de avaliações somativas e formativas visando à análise do processo de ensino
e aprendizagem.
3.Avaliar
constantemente os projetos desenvolvidos na escola, preferencialmente nos ATPCs
|
1.Buscar o
cumprimento do Projeto Pedagógico e, dentro do possível melhorá-los.
|
Gestão
de Pessoas
Indicadores
|
Pistas
|
Ações
|
Metas
|
1.Compromisso
dos gestores, professores e funcionários com o projeto pedagógico
|
1. Ações
para fortalecer vínculo professor/aluno e desses como as comunidades.
2. Ações
de formação continuada em serviço e de troca de experiências.
3.Prática
regulares de valorização de pessoas
|
1.
Programar os eventos culturais e esportivos com a finalidade de expor à
comunidade o trabalho de seus filhos.
2.Organizar
periodicamente, prioritariamente nas reuniões de planejamento e
replanejamento, momentos de integração entre funcionários , professores e
gestores.
3.Implementar
projetos que visem a convivência harmoniosa entre todos da comunidade
escolar.
|
1.Organizar
ações visando a formação de uma equipe educativa plenamente sintonizada com a
comunidade escolar.
|
Gestão de Serviços de Apoio, Recursos Físicos e Financeiros
Indicadores
|
Pistas
|
Ações
|
Metas
|
1.Manutenção
do prédio escolar.
2.Serviços
burocráticos e administrativos
|
1.Otimização
da documentação e escrituração da vida escolar e dos funcionários.
2.Recursos
didáticos disponíveis.
3.Conservação,manutenção
do prédio escolar, visando a utilização pela comunidade.
4.Aplicação
dos recursos financeiros
|
1.Orientar
e proporcionar condições para que o funcionários administrativos desempenhem
bem as suas funções.
2.Alocar
verbas e recursos da APM para a manutenção do prédio e aquisição de materiais
pedagógicos.
3.Manter
a parceria existente e também buscar novas possibilidades.
4.Disponibilizar
no blog da escola as informações
sobre as deliberações da APM
|
1.
Zelar pela boa manutenção do patrimônio escolar.
2.
Manter a escrituração da escola atualizada e correta.
|
5.Os Referenciais Teóricos
A - A participação da comunidade escolar
Não é de hoje que a
questão da participação da comunidade na vida escolar dos filhos vem atraindo
as atenções dos que estão na escola, geralmente ela é vista com apreensão e
expectativa. Apreensão porque passa
sensação de invasão de espaço, que sempre foi ocupado somente pelo corpo
docente e gestor de escola, de outro lado a expectativa de que essa
participação represente uma melhoria na qualidade de ensino.
De que tipo de
participação estamos falando? Encontramos em HEOLOISA LÜCK a seguinte
definição:
“A
participação, em seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de atuação
consciente, pela qual os membros de uma unidade social reconhecem e assumem seu
poder de exercer influência na determinação da dinâmica dessa unidade social,
de sua cultura e de seus resultados, poder esse resultante de sua competência e
vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe são
afetas”.(Lück, 2000, p.7)[5]
AZANHA em seu texto “Autonomia
da escola, um reexame” nos diz que as melhorias esperadas para a
escola só poderão advir de um pacto entre corpo docente, funcionários e
pais. Entretanto, ainda que não esteja
discordando BRYAN(2005, p.51), apesar de reconhecer a importância, sinaliza que
“a estrutura organizacional em vigor na maioria das instituições não
propicia condições às práticas democráticas”.[6]
A escola como uma
instituição social deve refletir os anseios e necessidades da comunidade na
qual está inserida, deve atentar-se para esses anseios, por outro lado traz
consigo uma enorme responsabilidade para os que estão no interior da escola
decidir sobre esses anseios e necessidades, disso resulta a premissa de que:
“sendo a
escola uma instituição inserida num todo social mais amplo e complexo, hoje, há
um consenso sobre o fato de que a educação é uma tarefa coletiva da sociedade
(...) embora seja dirigida por uma equipe de pessoas que nela trabalham, ela
não pode ficar à margem do contexto em que se insere. Assim, faz sentido
aprofundarmos a relação escola-comunidade.” (Penin, 2005, p.85)[7]
Comumente os Diretores de
Escola se sentem solitários e pressionado na gestão de escola, pois de um lado
temos a Lei 9394/96 (LDB) que diz que a “gestão escolar tem que ser
democrática” de outro se tem uma comunidade, principalmente a dos pais, que
em sua maioria é arredia, desconfiada e avessa à participação.
A questão da
não-participação dos pais já mereceu diversos estudos, a partir dos quais
muitos apontamentos foram realizados. Alguns como GUTIERRREZ e CATANI (2001)[8]
constroem uma linha do tempo que se inicia nas organizações
fordistas/taylorista, passando pelo regime militar e a modificação da moral/
costumes iniciado nos idos de 1968, para explicar a não-participação como
resultado de uma concepção que circulava/circula na educação de que a gestão de
escola é destinada apenas aos especialistas, portanto não seria competência da
comunidade. Com a modificação da
moral/costume iniciada em 1968 e, no Brasil por conta da Constituição Federal,
é apregoado que a comunidade deva participar da gestão escolar.
MENESES fazendo ao coro
aos que afirmam que o projeto político pedagógico de uma escola deve prever e
prover para que a comunidade participe da gestão de escola, como nos mostra o
trecho a seguir:
“para o
velho [antiga formar de gerir a escola], conduzir uma escola é uma tarefa
solitária de sua diretoria e do pequeno corpo de auxiliares. Prover a escola de
professores, equilibrar turmas, manter a disciplina, proteger o patrimônio
(...) para o novo [gestão democrática] a responsabilidade é partilhada com toda
a comunidade.” (Meneses, 2000, p.14)
É bem verdade que muitas
responsabilidades, presentes no velho são inerentes ao cargo de Gestor
de Escola ainda hoje, pelas quais responde, inclusive perante a lei, não
obstante as decisões serem dos colegiados[9],
cabe ao Gestor, como executivo, o dever de pô-las em ação.
O que se percebe é que
muitas modificações ocorreram nas organizações empresariais, sociais e
familiares sem, contudo ter um igual teor na instituição escolar. Possivelmente a instituição escolar seja a
mais reacionária. A resposta não é tão
simples, visto que a escola é formada por pessoas, as quais participam das
organizações empresariais, sociais e familiares. Por que essas pessoas se modificam diante de
outras instituições sem se modificar diante da escola?
A sensação predominante
no meio escolar é a de que os pais não se interessam pela vida escolar dos
filhos, tornou-se até um chavão afirmar que muitos pais mandam os filhos
para escola para terem alguns momentos de tranqüilidade ou então para comer
a merenda. São afirmações que carecem de fundamentações, ou no mínimo não
podem ser generalizadas.
PARO (2002)[10]afirma
que a não participação dos pais na vida escolar está condicionada: (a) horário
proibitivo das reuniões de APM/Conselho de Escola e (b) ideologicamente a
escola não aceita a participação dos pais, assim como, eles não se sentem
capazes para tal. O autor também afirma
que o conceito de participação presente, tanto entre os pais como na escola,
significa: “mães que ajudam na limpeza da escola”, “pais que despendem o seu
tempo para a manutenção do prédio escolar”.
VIRGINIO SÁ (2003)[11]
sinaliza que a não-participação dos pais, ainda que eles não tenham consciência
disso, é uma atitude sábia, pois se evita que eles sejam rotulados como
responsáveis pelo fracasso de seus filhos nas escolas públicas.
Em suma, as pessoas
percebem e convivem com as mudanças sociais, entretanto não as vive no interior
da escola.
Considerando essas
concepções divergentes, concordando ou não com elas, uma coisa é certa – os
pais precisam participar da vida de seus filhos. Cabe à escola, principalmente ao Diretor
articular ações nesse sentido. Admite-se
que seja uma tarefa que demandará muita energia e tempo, visto que deverão ser
considerados os aspectos culturais para a não participação, os de ordem
profissional dos pais (encontrar o melhor horário para as reuniões) e
principalmente lidar com uma resistência velada no interior do corpo docente.
B- A leitura e a escrita
Ler e escrever são duas
preocupações que obstinadamente acompanham praticamente todos os educadores.
Freqüentemente são publicadas matérias na mídia falada e escrita dando conta
que o Brasil ocupa, no cenário mundial, uma desconfortável posição em relação
ao domínio da leitura e da escrita pelos estudantes brasileiros. Imediatamente
muitas hipóteses e culpados são apresentados, no centro de tudo isso,
encontra-se a escola.
O que é afinal ler e
escrever? Como isso acontece? Muitas explicações, métodos e teorias foram apresentados,
dentre as quais é oportuno transcrever o excerto abaixo:
“Assim sendo,
aprender a ler e escrever, por exemplo, é muito mais de que adquirir
habilidades básicas. É principalmente construir, obter e atribuir sentido e
significado à aprendizagem. Ou seja, em lugar das
habilidades
básicas, devemos considerar as atividades, nas quais o que se percebe são os
usos funcionais da linguagem...” (GOMES e FARIA FILHO, 1997, apud GOMES,
2002, p.24)[12].
DOCRELL e McSHANE (2000,
p.85)[13]
complementam o excerto anterior na medida em que afirmam que a leitura é “reconhecer
palavras impressas, determinar os significado de palavras e frase e a
coordenação desses significados dentro do contexto geral do tema”
Dessas afirmações se
extrai que o aluno precisa entrar em contato com diversos portadores de textos,
nesse sentido tomar contato com o “livro de papel’ ainda é muito importante.
Contudo, subsidiariamente eles poderão se utilizar dos textos contidos na
biblioteca virtual, que é mais ágil e que ainda carrega consigo a áurea do “novo”.
A utilização desse “novo”
nos solicita um certo cuidado, pois poderemos tomá-lo de forma acrítica,
aceitando-o somente pelo fato de ser “novo”, como sugere CASTRO no
trecho a seguir:
“Sabemos
que, antes de conhecer a escrita na escola, a criança já convive com ela, antes
mesmo de atentar à palavra escrita, sente-se atraída pela imagem, pelo
colorido, pelas propagandas visuais (...) muitas imagens e concepções nos são
repassadas...” (Castro, 2006, p.32)
Nesse caso o trabalho
pedagógico solicitado é dotar o aluno de uma capacidade de discernimento,
utilizar essas informações e imagens como elementos de uma discussão voltada
para a cidadania, formação de valores e espírito crítico. O papel do professor é dar sentido a essa
imensa possibilidade de acesso às informações.
A utilização dos diversos
softwares pelos alunos não o desobrigará da utilização dos treinos
caligráficos, pois a digitação não será substituta da “escrita com lápis e
papel”, principalmente considerando os alunos das séries iniciais. Portanto, a
passagem do texto manuscrito para o digitado é a finalização de um processo
pedagógico iniciado na relação professor-aluno e aluno-aluno, mediada pelos
textos “tradicionais” e os “eletrônicos”.
C- A Informática
A informática como uma
produção científica sofre ainda o processo de fetichização
(JAPIASSÚ,1997)[15],
produzindo um misto de medo e desejo. O primeiro porque assume ares de
intangível, incompreensível e que é dado a poucos a conhecê-lo, o segundo pelo
fato de representar a modernidade passa a ser o objeto de desejo. Ainda que se
faça essas considerações, temos que seriam anacrônicas as discussões acerca de:
utilizar ou não o computador? Agora a discussão gira em torno de: como
utilizá-lo em benefício da humanidade? A
informática está cada vemais presente em nossas
vidas, assumindo funções que até então eram humanas e outras, até então,
impensáveis.
PIERRE LÉVY, EMMANUEL
VIDECOCQ (1995, p. 331)[16]
dizem que só podemos compreender a informática dentro de uma ecologia
cognitiva, visto que ela está assumindo uma complexidade de tal ordem,
estabelecendo e criando relações de forma a dificultar a sua compreensão na
totalidade. Portanto, perceber o quanto o computador trouxe/traz de benefícios
para a humanidade, é algo cuja resposta não parece ser tão simples.
Trazendo essas discussões
para o universo escolar somos tentados a perguntar: o quanto o computador
agrega valores para o processo ensino-aprendizagem? Vieira (2004, p.1) ao
discursar sobre o uso das TICs afirma que “...esse trabalho só se concretiza
quando o professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a
tecnologia, transpondo-as para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no
cotidiano da sala de aula.”
Transpor a tecnologia
para a sala de aula pressupõe descobrir o quanto ela pode contribuir, como
diria BIANCHINI (2005, p.272)[17] é
preciso encontrar os critérios adequados, nesse aspecto
SILVA (2005,p.322)[18]
citando GIL-PÉREZ(1998) diz que um dos objetivos da educação é permitir a
inclusão tecnológica do estudante.
O que serão encontrados
nessas tecnologias, principalmente no computador, considerando a inúmeras
possibilidades de conexões, do grande número de material disponibilizado nas ”nets”
e a enorme agilidade com que esses materiais circulam? Está claro que precisamos
encontrar critérios para garimpar essas informações, selecionar e usufruir
pedagogicamente dessas informações, evitando-se com isso uma proliferação de
trabalhos escolares feitos a partir da “técnica copiar e colar”, que na
verdade já existe!
Obviamente “copiar e
colar” não torna o estudante autor do trabalho, primeiro por razões morais,
segundo porque informação não é sinônimo de conhecimento, como diria MORIN
(1996, p.98)[19]:
“...conhecimento não é
harmonia e comporta diferentes níveis que se podem combater e contradizer.
Conhecer comporta `informação´, ou seja, possibilidades de responder a
incertezas, mas o conhecimento não se reduz a informações; ela precisa de
estruturas teóricas para dar sentido às informações; percebemos, então, que, se
tivermos muitas informações e estruturas mentais insuficientes, o excesso de
informações mergulha-nos numa `nuvem de desconhecimento`, o que acontece
freqüentemente quando escutamos rádio ou lemos jornais.”
Permitir a criação das
estruturas teóricas parece ser o papel da escola, ou seja, dar sentido e
utilidade às informações coletadas pelos alunos. Isso coloca para a escola uma nova demanda,
qual seja: a de dominar essas novas tecnologias articulando-as aos
conhecimentos pedagógicos já existentes nessa escola. Possibilitando, talvez, a
transformação da interface: novas tecnologias-conhecimentos pedagógicos em um
novo conhecimento pedagógico. Ao mesmo
tempo evitar que esse equipamento seja utilizado apenas como lazer, embora que
em alguns momentos isso possa vir ocorrer, porém de forma planejada e
estruturada.
Com a chegada das TICs à
escola um novo personagem é chamado a participar, possivelmente com uma função
muito importante e específica – o Gestor de Escola. A ele caberá o papel fundamental de catalisar
mudanças, quer nas demandas administrativas (fato que já existe de algum tempo)
e, sobretudo, nas necessidades pedagógicas.
Essas novas demandas
exigirão um novo conhecimento técnico (informática),mas principalmente uma
articulação entre elas, nesse sentido VALENTE (2003, p.1) nos diz “o melhor
é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem juntos,
simultaneamente, um demandando novas idéias do outro”.
O gestor deverá chamar
para si a função de organizar momentos de formação continuada para o corpo
docente e, por extensão aos discentes também, de tal forma que essas novas
tecnologias sejam acessíveis a eles.
Transformar a própria utilização como um momento pedagógico, inclusive
quando lida com as demandas administrativas, na visão de LIMA (2004) é possível
a interface entre o administrativo e o pedagógico, como sinaliza o excerto
abaixo:
“sabemos
que na história da educação foi se construindo uma separação entre as
atividades administrativa e a pedagógica e talvez a inovação tecnológica possa
se constituir em uma oportunidade para se reverter essa realidade.” (Lima,
2004, p.7)
A introdução da
utilização efetiva da informática no processo ensino-aprendizagem requer uma
mudança de postura por parte de todos na escola. Novos requisitos são colocados, tais como a
organização das turmas que irão utilizar a sala de informática, reorganizar a
utilização da biblioteca dita tradicional, se preparar para um aumento na
compra de insumos, enfim pedirá que o gestor tenha também, como dizem ALMEIDA E
RUBIN (2004, p. 2):[20]
‘’ O envolvimento dos
gestores escolares na articulação dos diferentes segmentos da comunidade
escolar, na liderança do processo de inserção das TIC na escola em seus âmbitos
administrativos e pedagógicos e, ainda, na criação de condições para a formação
continuada e em serviço dos seus profissionais, pode contribuir
significativamente para os processos de transformação da escola em um espaço
articulador e produtor de conhecimentos compartilhados.”
No que se refere à
presença da informática na escola, principalmente de sua utilização na vertente
pedagógica dependerá do corpo docente, porém é de maior importância o empenho
do gestor de escola. Empenho esse que significará: aglutinar, estimular e
disponibilizar recursos e gerenciá-los
Enfim, caberá ao gestor
não só papel de provedor de recursos tecnológicos, mas o de mobilizá-los para
que chegue até a sala de aula e, concomitantemente otimize as tarefas
administrativas.
D- A Biblioteca Digital
A biblioteca, tal e qual
a conhecemos hoje, é um local onde estão organizados os “livros de papel”. Essa organização segue um padrão, cujo início
remonta aos anos de 1545 com a primeira bibliografia impressa de autoria de
Conrad Gesner na qual foram catalogados cerca de 10 mil livros e de
aproximadamente 3 mil autores[21].
De lá para cá pouco
mudou, ainda segundo BURKE, a organização das bibliotecas segue o currículo das
universidades.
Hoje quando se fala em
biblioteca digital[22] estamos nos referindo a que espaço? Será
apenas uma forma nova de acessar informações antigas? A construção das
bibliotecas digitais, como sugerido no Projeto BEDnet[23]
na qual consta “O objetivo deste método é ensinar, de forma didática e
pedagógica, os alunos das escolas a publicar e construir o acervo digital
escolar(..)permitindo a transição do acervo da biblioteca tradicional para o
acervo digital...” precisa ser entendida em um contexto maior, o do
processo pedagógico, dentro do qual a construção da biblioteca digital é uma
importante parte, porém não o objetivo final.
MILANESI(1986) apud
BELLUZZO (2005, p.33) diz em seu texto “Competências na era digital:
desafios tangíveis para bibliotecários e educadores”
“...mudando o papel do professor
de mero transferido de conteúdo, incrementando a biblioteca, incentivando todas
as formas de acesso à informação registrada e a produção de novas informações.
E, principalmente, propiciando a discussão o que tornaria o aluno um criador de
discurso e não apenas um ouvinte.”
Diante disso fica claro
que a construção em si da biblioteca digital é um dos caminhos que são
colocados para a construção do conhecimento.
Considerando a possibilidade das bibliotecas em rede, a conectividade
com as outras redes percebe-se um ganho propiciado pelo uso computador. Não obstante, a tônica principal está na relação
professor-aluno e aluno-aluno, principalmente aquelas que ocorrem em sala de
aula localizada na escola.
6. Plano de Metas e Ação
Considerações Iniciais
Decidiu-se enfocar prioritariamente
as ações nos seguintes eixos: (a) participação da comunidade; (b)
relacionamento entre alunos: (c) leitura e escrita e (d) escrituração de
documentos.
Diante disso optou-se por continuar
com a manutenção do blog manoel cação, do
Programa Vai e Vem da Leitura, do Programa Cinema no Cação . A partir de 2011 iniciar o Programa Brincando Com Cuidado no Recreio
e Orientações Sistemáticas aos Agentes de Organização Escolar visando a
escrituração de documentos.
Em relação às demandas oriundas da
S.E.E. dar-se-á continuidade ao Programa
Ler e Escrever, aos Projetos de
Recuperação e Reforço e Oficinas de Aprendizagem.
Os programas e projetos com os seus
pressupostos, objetivos serão apresentados a seguir
I – Blog Manoel Cação
Esse canal de comunicação veio
substituir o sítio manoelcacão.com.br que esteve no ar no período de 2007 a 2010,
visto que a atual forma de comunicação é mais simples e menos dispendiosa em
sua manutenção.
Mantém os mesmos princípios que o
formato anterior, qual seja postar as produções escritas dos alunos, as imagens
dos eventos ocorridos e, quando necessário ser mais um canal para divulgação
dos avisos à comunidade.
A manutenção do blog ficará a cargo do Professor Coordenador e dos
Professores. Espera-se que em futuro
próximo alunos também possam fazê-la.
Objetivo
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Otimizar
a relação escola-comunidade
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1.Melhorar
a comunicação entre a escola e os pais.
2.Favorecer
um melhor acompanhamento da vida escolar por parte dos pais.
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1.Manutenção
do blog.
2.Convocar
sempre que necessários os pais omissos em relação aos filhos.
3.Encaminhar
aos órgãos competentes os casos mais graves.
4.Organizar
a Festa Junina e a Feira Cultural
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1.
Ano inteiro e todos os anos
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1.
Pais e/ou responsáveis pelos alunos
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1.Professores,
Professor Coordenador e Direção
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1.Direção
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II – Vai e Vem da Leitura
Esse programa teve a sua descrição
feita no Plano de Gestão de 2007-2011 e continua em vigor. A partir do ano de
2011, inspirado no Projeto Ler e Escrever passou-se a colocar nas sacolinhas além do material de leitura
dos alunos e dos pais uma ficha de leitura.
Essa ficha apresenta requisitos
compatíveis com a série/ano em que se encontram os alunos, requisitos esses que
buscam registrar, sistematizar os elementos textuais contidos nos textos
enviados e lidos. Em seu retorno o professor deverá avaliar o grau de leitura
efetuado pelo aluno, com isso validando ou não a mesma.
No segundo semestre de 2011 a
empresa parceira – Oxiteno irá substituir todas as sacolinhas, visto que as atuais se encontram bastante degradadas
pelo uso ao longo dos oito anos.
Objetivos
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Melhorar
e incentivar a leitura em outros espaços que não a sala de aula.
2.Sistematizar
e validar as leituras por meio das fichas de leituras
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1.
Permitir que todos os alunos leiam em outros espaços.
2.Utilizar
o programa como mais um canal de comunicação entre a escola e a comunidade
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1.Divulgação
nas reuniões de pais os princípios do programa.
2.Organizar
ao final de cada ano a Gincana Cultural.
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Anualmente
de março a dezembro
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Alunos
e pais e/ou responsáveis
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Professores
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Professor
Coordenador e Direção
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III – Aluno Escritor
Esse projeto, apesar de constar no
Plano de Gestão anterior, efetivamente começou a funcionar a partir de 2010. Passou
a ser uma decorrência natural do Programa Vai
e Vem da Leitura e também influenciado pelo Projeto Ler e Escrever.
A produção dos textos foi e
continuará a ser fruto das pesquisas na sala de informática, na biblioteca e da
leitura do material contido na sacolinha. O produto final deverá ser apresentado ao
professor que irá fazer uma seleção para postar no blog e no final de cada ano os melhores textos, segundo a avaliação
do professor da sala, fará parte de uma coletânea que será entregue aos pais
por ocasião do fechamento do Programa Vai
e Vem da Leitura.
O patrocínio da impressão da
coletânea ficará a cargo da mesma empresa que é parceira do Programa Vai de Vem da Leitura.
Objetivos
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Tornar,
segundo os paramentos do Ler e
Escrever, os alunos em alunos escritores.
2.Divulgar
tanto no blog, quanto na forma
impressa essas produções (coletânea)
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1.Atualizar
mensalmente o blog com as produções dos alunos.
2.Distribuir
aos pais, por ocasião da Gincana Cultural, o material impresso
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1.Procedimento
didático visando a produção de textos.
2.Postagem
dos melhores textos no blog.
3.Escolha,
organização e montagem da coletânea
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Durante
todo o ano
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Alunos
e pais e/ou responsáveis
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Professores
|
Professor
Coordenador e Direção
|
IV-
Brincando Com Cuidado no Recreio
Considerando a necessidade de: (a)
organizar o espaço/tempo do recreio dos alunos; (b) evitar os acidentes e (c)
fomentar as regras de convivência, propõe-se a realização de brincadeiras
orientadas nesse espaço/tempo.
Para tanto serão escolhidos alunos
em sistemas de rodízio na conformidade de um por sala de para atuarem como
monitores das brincadeiras, eles serão identificados por um colete de cor
amarelo. Como monitores terão como
funções: explicar o funcionamento das brincadeiras aos colegas quando
necessário e organizá-las. Inicialmente eles
é que serão orientados sobre o funcionamento dos mesmos.
O
critério para escolha desses alunos fica por conta dos respectivos
professores. A periodicidade para troca
dos alunos monitores fica também a critério dos respectivos professores, após
algumas avaliações.
As
brincadeiras serão realizadas a partir dos materiais disponíveis na escola,
tais como: jogo de dama, xadrez, ludo, corda, mini boliche, bambolê e peteca. Quando
for necessário a escola deverá adquir novos
materiais.
Caberá
aos Agentes de Organização supervisionar o desenvolver das brincadeiras,
orientar quando necessário e informar ao professor dos ocorridos nesses
momentos.
Nesse
ano o programa será implementado com um subprograma denominado de Intervenções nos espaços escolares: ver,
sentir e aprender, cuja finalidade é tornar o pátio e o intervalo como
espaços de aprendizagens. Nesses espaços serão expostos trabalhos de alunos e
comunidade (em parceria com o Programa Escola da Família), assim como os alunos
farão atividades orientadas de desenho em lousa existente no pátio a partir de
propostas dadas pelos Agentes de Organização
Objetivos
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Estimular
a boa convivência entre os alunos.
2.Instalar
no aluno mecanismos de autocontrole relativos à sua postura.
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1.Evitar
quedas e acidentes durante os intervalos.
2.Realizar
atividades dirigidas nos intervalos.
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1.Organizar
as atividades nos intervalos.
2.Monitorar
a realização dessas atividades.
3.Explicar
em sala de aula as regras das atividades
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Diariamente
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Alunos
|
Professor
e Agente de Organização
|
Professor
Coordenador e Direção
|
V
– Cinema no Cação
Também é um programa já em andamento
e também previsto no Plano de Gestão anterior. Visa estimular os alunos a
conviverem harmonicamente em sala e, principalmente incentivá-los a realizarem
bem as atividades destinadas a sala de aula e também aquelas para serem feitas
em casa.
O cumprimento ou não dessas demandas
geram um escore, cujo controle e visualização serão feitos em um painel
organizado pelo professor da sala.
Aqueles que atingirem um determinado escore serão premiados como uma
sessão de cinema a ser realizado no pátio, preferencialmente na última sexta
feira do mês. Já aqueles que não
atingirem o escore necessário ficarão, nesse mesmo momento, em sala de aula
realizando outras atividades sob a orientação de um professor, que em um sistema
de rodízio, irá aglutinar em única sala todos os alunos de cada série/ano.
Objetivos
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Estimular
a boa convivência entre os alunos em sala de aula.
2.Instalar
nos alunos noções de responsabilidade em relação aos seus afazeres em sala de
aula.
3.Premiar
os alunos que atenderem os objetivos propostos
|
1.Garantir
que os alunos realizem e bem as suas atividades em sala de aula e também
àquelas destinada para casa.
2.Favorecer
o bom convívio em sala de aula
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1.Explicitar
aos pais os objetivos do programa.
2.Criar
em conjunto com os alunos as regras de convivência.
3.Estabelecer
em conjunto com os alunos os escores atribuídos às regras de convivência e
realização de atividades.
4.Estabelecer
entre os professores os critérios para os rodízios.
|
Diariamente
acompanhar o cumprimento das regras e realização das atividades propostas.
Mensalmente
a tabulação dos escores e projeção do filme
|
Alunos
|
Professor
|
Professor
Coordenador e Direção
|
VI
– PROERD
O programa atenderá alunos dos 5º
anos, sob organização e responsabilidade
da Polícia Militar numa periodicidade de 1aula/semana por turma, com
previsão de ocorrência para o segundo semestre desse ano.
Orientações
aos Agentes de Organização Escolar
Tendo em vista a necessidade de
aperfeiçoar cada mais o trato com a documentação da vida escolar e funcional
dos professores e funcionários e também em sintonia com os programas e projetos
anteriormente citados, o trio gestor criará momentos para discussão e
orientação.
Objetivos
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Metas
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Ações
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Período
de realização
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Público
Alvo
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Responsável
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Acompanhamento
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1.Otimizar
a elaboração e trânsito dos documentos, mantendo-os atualizados e precisos.
2.Orientá-los
quanto a importância quanto ao trato em relação à comunidade e alunos
|
1.
Manter toda a documentação atualizada e correta.
2.Torná-los
um elo importante entre a escola e a comunidade
|
1.
Reuniões periódicas por ocasião do Conselho de Classe/Série
2.Reuniões
extemporâneas sempre que houver necessidade
|
2.
No mínimo bimestralmente
|
Agentes
de Organização
|
Diretor
e Vice Diretor
|
Diretor
e Vice Direto
|
VII
– Projeto Reforço e Oficinas
Visando atender os alunos que
apresentam dificuldades/defasagens e em consonância com a legislação
específica, a escola implementa o projeto de reforço e oficinas. Realizado semestralmente e cujos critérios
para a formação de turmas são:
·
Encaminhamento pelo professor por ocasião dos
conselhos de classe/série;
·
Agrupamento dos alunos por tipos de
dificuldades, utilizando-se dos mapas de
sondagens, combinados com os mesmos critérios classificatórios constantes
no IDESP.
A
documentação pertinente ao Projeto Reforço é encaminhada à
Diretoria de Ensino a fim de que seja homologada.
Os
pais dos alunos participantes do Projeto são convocados para serem cienficados
e orientados sobre a importância do mesmo, assim como se espera que eles
orientem e reforcem junto aos seus filhos sobre a importância do Projeto.
No
que se refere aos professores serão utilizados os espaços dos A.T.P.Cs. específicos
para elaboração de materiais, discussão dos resultados e quando for necessário
reconvocar os pais dos alunos.
As
Oficinas de Língua Portuguesa e Matemática são direcionadas aos alunos cujas
dificuldades não são tão marcantes quanto aos alunos do Reforço. São alunos com algumas dificuldades e/ou
dificuldades pontuais. Eles são
agrupados por série/ano e semanalmente e com carga horária de duas aulas
recebem orientações do professor. Nesses
momentos em um sistema de remanejamento os alunos são reagrupados, de tal sorte
a formar grupos mais homogêneos.
Objetivos
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Metas
|
Ações
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Período
de realização
|
Público
Alvo
|
Responsável
|
Acompanhamento
|
1.
Oferecer, dentro das possibilidades da escola, um ensino de qualidade
|
1.
Atingir os indicies de proficiência e fluxo de aluno, preconizado pelo IDESP
|
1.Orientar
os pais quanto à necessidade de acompanhar o desenvolvimento de seus filhos.
2.Subsidiar
os professores para que torne eficazes os seus trabalhos.
3.Propiciar
momentos de reforço e recuperação aos alunos necessitados
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1.
O ano todo
|
1.
Alunos e professores
|
Professor
Coordenador
|
Direção
|
7. Plano de
Trabalho
Considerando as dimensões que
envolvem a gestão democrática e também as diretivas apontadas no Plano de
Gestão 2011/2011 cabem aos segmentos abaixo listados as seguintes obrigações:
I –
Gestor
Operacionalizar as propostas contidas
no Plano de Gestão 2011/2014, buscar o atingimento do IDESP e também atentar
para o cumprimento das normas e legislação em vigor. Cabendo, também, ao gestor
subsidiar materialmente e pedagogicamente o grupo de professores e
funcionários.
O acompanhamento realizado pelo
gestor, dentro de sua competência, envolverá os documentos que transitam pela
secretaria de escola. Verificará in loco as
atividades pedagógicas, participar: dos ATPCs, dos Conselhos de Escola, dos
Conselhos de Séries, das reuniões de Planejamento/Replanejamento, reuniões de
avaliação do SARESP. Presidir as reuniões de APM e outros encontros de caráter
extraordinário.
Ao gestor cabe o papel de interagir
com a comunidade local e, na medida do possível, buscar parecerias que visem
incrementar os programas não só os da Pasta, mas também os organizados
internamente na escola.
Em conjunto com a Secretaria de Escola
zelar pelo cumprimento das normas legais, manter atualizada a documentação dos
professores, funcionários e alunos da escola.
Zelar pela manutenção do patrimônio
escolar, pela correta contabilidade da APM e de outros recursos repassados a
escola.
Buscar recursos e parcerias com a
finalidade de implementar o plano de ação, assim como compatibilizá-lo com os
projetos oriundos de esferas superiores
II –
Gerente de Organização Escolar
O G.O.E deverá zelar pelo bom
funcionamento da secretaria da escola, atentando-se às normas, legislação
específica e também orientando os seus subordinados no trato com a comunidade.
Deverá subsidiar o gestor no
cumprimento das demandas administrativas e legais. Assim como manter atualizada e correta a
escrituração dos documentos relativos aos professores, funcionários e alunos,
como rege a RES SE 85/2012.
III
– Professor Coordenar
A professora coordenadora será
fundamental no cumprimento do Plano de Ação proposto no Plano de Gestão
2011/2014, pois juntamente com o gestor irá zelar pelo cumprimento do mesmo e,
também, subsidiar os professores.
Para tanto organizará os ATPCs como
ações de formação continuada, propiciando momentos de reflexão/ação para os
professores e principalmente acompanhando in
loco as atividades pedagógicas desenvolvidas pelos professores.
A sua formação ocorrerá nas reuniões
semanais organizadas pela Oficina Pedagógica da D.E. de Mauá, de suas leituras
de cunho individual e em conjunto com o gestor.
Essa formação irá orientar o P.C. na
dinâmica e também nas escolhas de materiais e textos a serem utilizados nos ATPCS,
contudo esse processo estará intimamente ligado ao desenrolar dos próprios ATPCs,
visto que os mesmos pelas características processuais é que irão criar as suas
próprias necessidades.
Bimestralmente
organizar, elaborar e aplicar para todas as séries/anos de uma avaliação nos
moldes de uma “avaliação externa”,
utilizando-se como parâmetro o SARESP no que se refere à estrutura gráfica e as
habilidades/competências. Os resultados servirão como mais uma avaliação a ser
consignado no desempenho do aluno, mas principalmente servirá de subsídios para
as reuniões de Conselho de Série. Esses resultados serão tabulados,
apresentados e
analisados pelo conjunto de professores e pelo trio gestor, de tal forma a
orientar os trabalhos para o bimestre seguinte.
O horário da P.C. será: 8h30 –17h30 de
segunda a sexta feira, reservando um dia da semana para participar das reuniões
na Oficina Pedagógica.
O horário do ATPC, tendo em vista as
particularidades dos projetos da Pasta e mais a preocupação em atender os
professores que se encontram amparados pelos Atos Decisórios, foi organizado
conforme quadro abaixo:
HORÁRIO
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Segunda
feira
|
Terça
feira
|
Quarta
feira
|
Quinta
Feira
|
Sexta
Feira
|
10H45
|
|
EMAI
|
|
|
ATPC
|
11H45
|
|
EMAI
|
|
|
ATPC
|
12H45
|
|
EMAI
|
|
|
ATPC
|
13H45
|
|
|
|
|
ATPC
|
IV –
Funcionários
Esses profissionais têm como meta
principal manter o prédio escolar por meio da higienização constante do mesmo.
Em conjunto com os professores orientar os alunos no sentido de uma utilização
correta dos equipamentos escolares.
Zelar pela integridade física dos
alunos nos horário de intervalos de aula e também na entrada/saída dos alunos.
A elaboração das merendas, assim
como servi-las aos alunos é outras função desses funcionários. No que se refere
ás orientações sobre o preparo, controle dos estoques e manutenção dos
equipamentos específicos à elaboração da merenda serão feitas pela
Vice-Diretora.
[1] Essas
Planilhas foram apresentadas e sugeridas no curso PROGESTÃO organizado pela
SEE/DE Mauá
[2]
Escola Padrão era um projeto existente no governo Antonio Fleury Filho, que
diferenciava algumas escolas estaduais com um aporte de maior de verbas e
outros recursos. Para tanto a escola
precisava apresentar projetos diferenciados, os quais passavam por uma avaliação
constante por parte das Diretorias de Ensino.
[3] DOWBOR, L. O que acontece como o trabalho? (parte I
e II)
[4] É uma população cuja forma de renda se baseia na
profissão informal, apresentam uma grande mobilidade, mudando-se com
freqüência. Percebemos entre essas famílias uma pouca identificação para com a
escola. Dificilmente conseguimos a atender a todos os filhos dessas famílias. Em
alguns casos, percebemos que no período de quatros anos, o aluno transfere-se e
retorna a escola várias vezes.
[6] BRYAN,
Newton Antonio.Planejamento participativo e a gestão democrática: da teoria
à ação.
[7] Penin,
Sonia T.S. Progestão: como articular a função social da escola com as
especificidades da demanda da comunidade?
[8]
Gutiérrez, Gustavo L e Catani, Afrânio M. Participação e gestão escolar:
conceitos e potencialidades.
[9] São
componentes dos colegiados: APM, Conselho de Escola, Conselho de Classe/Série e
Grêmio Estudantil.